Dá Pedal

Toda e qualquer pedalada tem um começo e um destino. Mas sempre tem um desafio. Pode ser uma montanha, uma serra, a chegada triunfante numa cachoeira. Ir de encontro ao mar. Portanto existem múltiplas razões para irmos a algum lugar, podendo até estar misturados alguns ingredientes, como por exemplo, turismo, prática esportiva, contemplação de paisagens, história, culto a alguma alusão religiosa, etc.
Mas sempre o prazer de pedalar. E com a sensação deliciosa de nos locomovermos num veículo que não degrada o meio ambiente, não polui e nos deixa com uma ótima qualidade de vida.
A marca, a idéia do nome e do próprio blog foi de um grande amigo, o publicitário Sergio Quadros. Como já sou quase sexagenário, meu apelido é "Velho" e o nome "Dá pedal" faz alusão à uma expressão muito usada insinuando que alguma coisa pode dar certo. A arte da marca, que achei sensacional, foi me dado de presente por ele, e tem como moldura uma coroa da bicicleta, mas deixando passar também a mensagem do coroa que está na foto, permitindo a todos se sentirem capazes de pedalar.
Ou seja, " Dá Pedal !!"

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Todos os caminhos nos levam ao Cristo Redentor






O Rio de Janeiro é conhecido como Cidade Maravilhosa por sua beleza, pelo seu povo alegre e feliz, pelo clima e por muitas, mas muitas outras coisas. Os amantes da natureza encontram aqui uma infinidade de opções para estarem de encontro a ela, a natureza, seja no aplaudido por do sol a Pedra do Arpoador, seja nas lindas praias adornadas por montanhas e florestas, seja em alguma cachoeira na Floresta da Tijuca, ou num simples bebericar de água-de-coco às margens da Lagoa Rodrigo de Freitas. Tudo isso, dentro da cidade. Não é preciso pegar qualquer estrada, por mais curta que seja, para desfrutar de tudo. E não poderia ser diferente para quem gosta de esportes. Aquático, terrestres ou aéreos. Podemos velejar, pedalar, escalar, correr, remar, patinar, caminhar, fotografar, voar...tudo, mas tudo mesmo, sem sair da cidade.
E para os amantes da bicicleta, o Rio fornece uma enorme variedade de opções, seja de MTB ou speed. Para uma simples pedalada, muitos quilômetros de ciclovias nos permitem passear, enquanto nos deliciamos com a paisagem. E para treinar mais forte, muitas subidas, que nos permitem pedalar o ano todo, pois até mesmo no verão forte, temos a cobertura da Mata Atlântica para nos proteger.
Assim é a Floresta da Tijuca e seus inúmeros caminhos, sendo que todos eles nos levam ao Cristo.

Subida da Vista Chinesa – Mesa do Imperador
Começa no bairro do Horto, exatamente atrás do Jardim Botânico – Piso asfaltado antigo mas de razoável conservação, movimento de veículos muito reduzido e presença policial constante, por ser uma área muito visitada por turistas face à beleza e à esplêndida vista da cidade. Pode-se pedalar mesmo sob sol forte, pois é quase totalmente sombreada pela Mata Atlântica. Passamos pela Vista Chinesa, Mesa do Imperador, podendo continuar, já em descida, até ao Alto da Boa Vista, ponto de encontro de todos os caminhos.
Local muito frequentado por ciclistas.
Detalhe importante é que, de quase todos os bairros da zona sul, pode-se pedalar apenas por ciclovias até o Jardim Botânico.
Outro detalhe é que na subida encontramos água de nascentes para reabastecimento.

Subida do Alto da Boa Vista pela Tijuca.
A estrada que liga a Tijuca à Barra, tem um movimento grande de veículos, já que é uma importante ligação entre esses dois bairros. Porém, a subida do Alto possui piso de cimento, largo, permitindo uma pedalada segura. E vemos muitos ciclistas usando essa via, que também possui uma cobertura vegetal (Mata Atlântica), fazendo com que o sol, não atrapalhe, mesmo nos dias quentes.
A estrada começa no bairro Usina, no final de uma das mais importantes ruas da Tijuca, a Conde de Bonfim.

Subida do Alto da Boa Vista pela Barra.
Assim que atravessamos a ponte sobre a canal das lagoas da Barra, chegamos ao Itanhangá, onde começa a Estrada de Furnas, ligando o bairro ao Alto.
O piso também é de cimento, com grande fluxo de veículos. Porém, nesse lado na montanha a estrada não é muito larga, tirando bastante o prazer da pedalada, face à segurança comprometida.


Subida do Alto da Boa Vista por São Conrado.
Podemos também subir o Alto pela Estrada das Canoas, que começa em São Conrado. O piso é de cimento e o movimento de veículos não é muito grande, proporcionando uma pedalada segura. Além disso, há lugares onde podemos apreciar uma vista lindíssima da Praia de São Conrado e das montanhas, sendo a mais imponente a Pedra da Gávea.

Uma vez no Alto da Boa Vista, onde bem perto da pracinha principal, tem um posto de gasolina, com amplo estacionamento e uma lanchonete, sendo um ponto bastante estratégico para ciclistas, razão pela qual, costumamos vê-los com frequência todos os dias, sendo que nos finais de semanas, ocorre uma verdadeira invasão. Por isso, é um ponto de encontro, de descanso, de abastecimento e de estacionamento.
Dali, ainda temos várias opções de pedal:
1 – subida do Cristo pelas Paineiras;
2 – subida do Sumaré;
3 – subida da Floresta da Tijuca até Bom Retiro; e
4 – subida da Vale do Céu.

Todas as subidas sempre com piso de asfalto antigo, mas em razoáveis condições, sempre protegidos pela Mata Atlântica e sempre com bastante água no caminho, além de vários pontos onde podemos apreciar a cidade do alto, tornando a pedalada segura e prazerosa.
A subida do Cristo pelas Paineiras começa logo depois do posto de combustível. É uma delicia, sem contar que somos brindados pela exuberante vista do Cristo Redentor no final. Quatro quilômetros após o inicio dessa estrada exite uma bifurcação: à direita vamos direto ao Crito e à esquerda subimos mais três quilômetros até o Sumaré.
Tanto na estrada que dá acesso ao Cristo, quanto na do Sumaré, podemos continuar descendo, chegando ao Bairro de Santa Teresa. Ou seja, podemos subir por uma e voltar pela outra. Sem contar que, desde Santa Teresa, chega-se facilmente e com segurança aos bairros do Cosme Velho, Laranjeiras, Gloria, Centro, onde alcançamos bem rápido o Aterro do Flamengo.

A subida do Bom Retiro começa na praça principal do Alto, passando pelo portão da sede do Parque Nacional da Tijuca. Logo no incio damos de cara com a Cascatinha Taunay, um lindo ponto turístico no Rio de Janeiro. É só seguir subindo, sempre dentro da mata, sempre com água abundante e com trânsito de veículos muito reduzido.
Nessa parte da Parque a segurança é aumentada pela presença de vigilantes de uma firma terceirizada.
Pedalando sempre na via principal, chega-se ao Bom Retiro (local onde começam as trilhas de caminhada do Pico do Papagaio e Pico da Tijuca). De lá descemos de volta ao Alto da Boa Vista, ou vamos até o Vale Encantado, cuja vista para a Barra é sensacional. O piso é de cimento e o trânsito de veículos é só de moradores.

Em qualquer desses caminhos, a sombra das árvores sempre nos acompanha.
Por incrível que pareça, muitos cariocas não conhecem esse paraíso.
Vem ao Rio? Traga sua bike